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by Larissa Gregio |
[PT] Natural de São Paulo (1978), Leonardo Martinelli é compositor, professor universitário, conferencista e pesquisador, com doutorado pelo Instituto de Artes da UNESP. Atualmente, suas pesquisas e composições enfatizam a questão do affetto e da expressividade enquanto elemento estrutural nas poéticas musicais contemporâneas. Recentemente dirigiu os programas educacionais do Theatro Municipal de São Paulo e tem trabalhado na promoção e debate da sustentabilidade da música clássica e dessa atividade como fator de mudança social, incluso duas conferência compartilhadas na Classical:NEXT, em Rotterdam. Nos últimos anos, tem se dedicado de forma mais específica ao repertório lírico, tendo em 2019 estreado a ópera O peru de Natal no Theatro São Pedro (SP), e em 2021, Três minutos de sol, Festival Amazonas de Ópera. Em 2022 estreará outras duas óperas: Navalha na carne (Theatro Municipal de São Paulo, em abril) e O canto do cisne (Theatro São Pedro, em agosto). No momento, além de engajado em diversos projetos de composição e criação musical, Leonardo Martinelli atua como professor da Faculdade Santa Marcelina e da Academia da OSESP.
[EN] Born in Brazil (Sao Paulo, 1978), Leonardo Martinelli is a composer, music professor, lecturer and researcher, PhD by UNESP (Sao Paulo State University). Currently, his researches and compositions emphasize the issue of affetto and expressivity as a structural element in different contemporary music poetics. In recently years he has lead the educational programs of Theatro Municipal de Sao Paulo and has been working on the debate and promotion of classical music sustainability and as a social change factor, including two shared conferences at Classical:NEXT, in Rotterdam. In recent years, he has dedicated himself more specifically to the lyrical repertoire, having premiered in 2019 the opera O peru de Natal at Theatro São Pedro (SP), and in 2021, Três minutos de sol, at Festival Amazonas de Ópera. In 2022, two other operas will be premiered: Navalha na carne (Theatro Municipal de São Paulo, in April) and O canto do cisne (Theatro São Pedro, in August). At the moment, in addition to being engaged in several projects of composition and musical creation, Leonardo Martinelli works as a professor at Faculdade Santa Marcelina and music teacher at Academia da OSESP.
[ES] Nacido en Brasil (Sao Paulo, 1978), Leonardo Martinelli es compositor, profesor de música, conferencista e investigador, doctorado por la UNESP (Universidad Estatal de Sao Paulo). Actualmente, sus investigaciones y composiciones enfatizan el tema del affetto y de la expresividad como elemento estructural en la poéticas musicales contemporáneas. En los últimos años, ha dirigido los programas educativos de Theatro Municipal de Sao Paulo y ha estado trabajando en el debate y la promoción de la música clásica como un factor de cambio social y su sostenibilidad, incluidas dos conferencias compartidas en Classical:NEXT, en Rotterdam. En los últimos años, se ha dedicado más específicamente al repertorio lírico, habiendo estrenado en 2019 la ópera O peru de Natal en el Theatro São Pedro (SP), y en 2021, Três minutos de sol, en el Festival Amazonas de Ópera. En 2022, se estrenarán otras dos óperas: Navalha na carne (Teatro Municipal de São Paulo, en abril) y O canto do cisne (Teatro São Pedro, en agosto). Actualmente, además de estar involucrado en varios proyectos de composición y creación musical, Leonardo Martinelli trabaja como profesor en la Faculdade Santa Marcelina y en la Academia da OSESP.
Natural da Cidade de São Paulo, Leonardo Martinelli (1978) iniciou seus estudos de piano aos dez anos de idade, e tão logo começou a escrever pequenas peças para esse instrumento.
Em 1992 foi admitido no curso de piano da então Universidade Livre de Música (ULM), onde estudou até 1996. Lá teve aulas com Terão Chelb e Rosária Gatti. Entre 1993-95 realizou estudos específicos em contraponto com Sergio Cominatto. Em 1995 estudou a obra do compositor italiano Luciano Berio e Música Eletroacústica no 26º Festival de Inverno de Campos do Jordão, com Flo Menezes e Rodolfo Caesar, respectivamente.
Em 1996 ingressou no curso de Bacharelado em Composição e Regência do Instituto de Artes da UNESP, onde teve aulas com professores como Flo Menezes, Edson Zampronha, Paulo Castagna, Vitor Gabriel de Araújo, Edmundo Villani-Côrtes e Abel Rocha, entre outros.
Entre 1996-97 recebeu bolsa de iniciação científica da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) com o trabalho Análise de Kontakte de Karlheinz Stockhausen, sob a orientação de Flo Menezes.
Ainda no Instituto de Artes da Unesp, durante 1998-2001 foi bolsista do Programa Especial de Treinamento em Música (PET-Música, Capes).
Durante os anos de graduação, realizou várias palestras e conferências a convite de professores como John Boudler (Interpretação da Música Contemporânea), Vítor Gabriel (História da Música), Dorotéa Kerr (História da Música do Século XX) e Maria de Lourdes Sekeff (Teoria da Música).
Em 1998 estudou composição e história da música contemporânea, respectivamente, com Chico Mello e Harry Crowl na 16ª Oficina de Música de Curitiba.
Em 2000, apresentou a comunicação Tendências da Historiografia Musical Brasileira no Simpósio Latinoamericano de Musicologia de Curitiba, texto este proveniente de seu trabalho de conclusão de curso de História da Música no Brasil no IA-UNESP, na classe de Paulo Castagna.
Entre 1999-2001 foi coralista e assistente de produção do Collegium Musicum de São Paulo, sob a direção de Abel Rocha.
Em 2001 realizou seu “début” como compositor em um concerto de formatura no Instituto de Artes da Unesp (então em seu antigo campus no bairro do Ipiranga da capital paulista) com mais de uma hora de duração inteiramente dedicado a composições próprias.
No final de 2001, John Boudler, então diretor artístico do prestigiado Grupo Piap de percussão, encomendou-lhe uma peça (Sendas/Tempos) para ser estreada no evento Ritmos da Terra 2002-Mostra Internacional de Percussão, em Campinas.
Em 2002 ingressou no programa de mestrado em música do IA-Unesp, com a pesquisa A noção de textura musical e seu uso no repertório instrumental-orquestral da segunda metade do século XX, sob a orientação de Edson Zampronha, cuja dissertação foi defendida em 2004.
Frequentou as aulas individuais e as conferências do compositor sueco Fredrik Ed, no Studio PANaroma, e começou a colaborar regularmente com resenhas de concertos (notadamente de música contemporânea e brasileira) junto ao portal de música clássica Movimento.com.
Ainda em 2002, junto com outros cinco músicos, integrou o grupo de música conceitual Praxis 6, que nas duas apresentações realizadas nesse período surpreendeu sua audiência com peças de diferentes naturezas, que incluíram uma motocicleta em uma capela, a dublagem instrumental da “Noite Transfigurada” e um aclamado trabalho de “decomposição” musical.
Em 2003, teve seu artigo Jovens Compositores no Brasil publicado na edição de março da Revista Concerto, sua primeira colaboração para este veículo.
Ainda em 2003 assumiu a curadoria e a produção da série dominical de concertos Música em Cena, do Centro Cultural Fiesp/Sesi São Paulo, que contabilizou dezenas de concertos e centenas de espectadores fiéis à programação plural desenvolvida no trabalho de curadoria, encerrada com a temporada de 2005.
Em 2004, a peça Três Instantâneos de uma Mulher Desconhecida, para quinteto de sopros, foi premiada no 7o. Concurso Nacional de Música IBEU, no Rio de Janeiro, e posteriormente ganharia edição em CD pelo selo da instituição.
Ainda em 2004 iniciou seu trabalho jornalístico na grande imprensa, colaborando como crítico e repórter de música clássica e cultura para o caderno Fim-de-Semana da Gazeta Mercantil, veículo para o qual trabalhou até 2007.
Trabalhou como assistente de orquestração para a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, com obras como os Concertos Brandenburgueses Nos.1 e 3, de Johann Sebastian Bach, a ópera L’Orfeo, de Claudio Monteverdi, e Il campanello di notte, de Gaetano Donizetti.
Em agosto de 2005 sua peça O Anjo Azraeel (inspirada no livro Os Versos Satânicos, de Salman Rushdie) foi interpretada pela Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, sob a regência de Abel Rocha, na abertura do 40º Festival Música Nova e participou da XVI Bienal de Música Contemporânea Brasileira, no Rio de Janeiro. No mesmo realizou a orquestração para banda sinfônica da Sinfonia de Câmara Nº 1, de Arnold Schoenberg (ainda inédita).
A partir do inverno de 2005 passou a ministrar cursos livres de música, voltados para o grande público em geral, visando a promoção da cultura musical para além do circuito profissionalizante e acadêmico. As primeiras experiências nessa atividade ocorreram em diversas instituições e eventos da cidade de Itu (SP), tais como Linguagem e estruturação da música (julho de 2005) e História da Música no Brasil (julho de 2006), ambos no Festival de Artes de Itu. História da Música Ocidental (janeiro de 2006), pela ASSATEMEC, e Cinema Sonoro: Música e Compreensão na Sétima Arte (janeiro de 2007), pela Secretaria de Cultura de Itu.
Também em 2005 fundou um dos primeiros blogs brasileiros dedicados à música clássica, OutraMúsica (https://alteramusica.blogspot.com), por meio do qual deu continuidade a sua atuação como crítico musical.
Em 2006, paralelamente às suas colaborações com a Gazeta Mercantil, iniciou sua colaboração junto à Revista Concerto. Neste mesmo ano colaborou para a temporada brasileira da conceituada revista francesa Diapason.
Em maio de 2007 ministrou para a Secretaria de Estado da Cultura do Amazonas a palestra Composição: mercado musical no cenário brasileiro e internacional. Neste mesmo ano ingressa como professor de história da música na Escola Municipal de Música de São Paulo, ano em que volta a participar do Festival Música Nova com a peça Ayahuasca, para orquestra de cordas e tem sua peça Sendas/Tempos, para percussão múltipla, lançada no álbum Sympathia, do Grupo Piap.
Em 2007 sua obra Três Instantâneos de uma Mulher Desconhecida, para quinteto de sopros, foi executada durante o VIII Festival Internacional de Música Contemporánea, em Santiago do Chile.
No primeiro semestre de 2008 lecionou história da música brasileira nos cursos de música da Faculdade Cantareir, e no segundo semestre no curso de Pós Graduação latu sensu em Docência em Música da UniFMU. No início deste mesmo ano foi admitido como professor de composição na Faculdade Santa Marcelina (FASM) e teve seu ensaio Il combatimentto di Orfeo ed Peri: rumos e percalços da ópera na composição musical brasileira da atualidade publicado numa antologia de artigos sobre a ópera brasileira na contemporaneidade publicada pela Algol Editora, organizado pelo jornalista e crítico João Luiz Sampaio.
Ainda em 2008 foi eleito pelo Guia VivaMúsica! como um dos dez críticos de música clássica mais importantes do país. Neste mesmo ano passou a assinar uma coluna mensal do recém reestruturado site da Revista Concerto.
Em 2009 deu início a importantes projetos na área de jornalismo e cultura em música clássica, tais como o trabalho na produção e na realização do Guia de Escuta da coleção Grandes Compositores da Música Clássica, da Editora Abril, com uma abrangência de milhares de pessoas em todo o território nacional.
No segundo semestre de 2009 realizou junto à CPFL Cultura, em Campinas (SP) a curadoria da série de concertos Interfaces, com apresentações na sede da instituição e no auditório do Teatro Cultura Artística Itaim. A série incluiu os espetáculos “Conexões Latinas” (música de Capiba, Leo Brouwer e Astor Piazzolla para violão, flauta e voz), “Cine-Concerto: Brecht e Beckett no chiaroscuro” (com os filmes “Mistérios de uma Barbearia”, “Film” e “Assalto”, com acompanhamento musical ao vivo em grupo liderado pela pianista e compositora Michelle Agnes), “Corda Vocale” (o canto das cordas em obras de Bartók, Villa-Lobos e Martinu interpretadas pelo Ensemble SP) e “Esta música que me envolve” (obras para a voz solo interpretadas pela soprano Martha Herr).
Outro projeto desenvolvido junto à CPFL foi direção musical do espetáculo A conversão de Mahler, de Ronald Harwood, a partir da tradução de João Luiz Sampaio e adaptação para leitura e direção cênica de Oswaldo Mendes.
Também em 2009 finalizou – junto com os compositores Matheus Bitondi e Arthur Rinaldi – o projeto Música Plural, que com patrocínio da Petrobrás e da Lei de Incentivo à Cultura realizou a publicação de um álbum duplo em CD com música contemporânea composta por jovens compositores brasileiros. Neste álbum sua obra Palavras na Carne, para piano e percussão dupla foi gravada pelo Percoso Ensemble, sob direção de Ricardo Bologna. Neste mesmo ano assumiu a assistência editorial do projeto-piloto da revista Mbaraka, da Fundação Padre Anchieta de São Paulo.
Em 2010 e 2011 foi contratado pela direção artística do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão para desenvolver um pioneiro programa de mediação de concertos.
Também em 2010 teve sua obra Schackleton, Worsley e Crean deslizando de uma colina de neve para violoncelo e piano estreada no Festival Música Nova, contando com a participação do violoncelista Roham de Saram e da pianista Beatriz Alessio. No mesmo ano compôs sob encomenda do Coral Infanto-Juvenil do Guri Santa Marcelina a obra coral Três animais em forma de haikais, a partir de poemas de Millôr Fernandes (lançada em CD em 2013).
Já em 2012, foi mais uma vez convidado para realizar a curadoria de uma série de concertos para a CPFL Cultura. Desta vez intitulada Lux sonora a série focou a música contemporânea brasileira a partir da participação de grupos como o Trio Sextante, In Tempori Duo, o Duo Paulo Passos & Joaquim Abreu, o Trio Puelli, o Ensemble Experimental (sob regência de Jamil Maluf) e a pianista Luciana Noda.
Na série foram estreadas várias obras do compositor: Amor nunca diálogo, para trompete e marimba, Lux aeterna, para conjunto instrumental e O fio das miçangas (a partir do livro homônimo de Mia Couto), para trio. Neste mesmo ano a peça Quasi una canzone [sonata para violino e piano] foi gravada pelo violinista Emmanuele Baldini e pela pianista Dana Radu para integrar o álbum Cage+ (no qual atuou como diretor musical) lançado em 2014 pelo Selo SescSP.
Em 2013 teve sua obra O diálogo entre Vênus, Azrael e Ogum estreada na Sala São Paulo pela Orquestra Bachiana Filarmônica sobre a regência de John Boudler (em um feito raro na cena clássica brasileira, no mesmo ano a obra interpretada outra vez, desta vez pela Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência de Marlos Nobre), ocasião em que foi tema de extensas reportagens publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela revista Carta Capital.
Ainda em 2013 sua obra O fio das miçangas integrou o repertório da turnê sul-americana do Ensemble Platypus de Viena, tendo sido apresentada em cidades como Campinas e Curitiba, no Brasil, e Buenos Aires e Choele Choel, na Argentina. Neste mesmo país, em dezembro, a peça Oración, para harpa solo, foi estreada em Córdoba (Argentina) por Soledad Yaya.
Em abril de 2014 e dezembro de 2016, a convite de John Neschling, assumiu a Direção de Formação da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, pela qual coordenou as atividades da Escola Municipal de Música de São Paulo, Escola de Dança de São Paulo, quando então foram criados o Ópera Studio, o Ateliê Contemporâneo e a Banda Sinfônica da Escola Municipal de Música. Durante o mesmo período realizou a curadoria da série Música Contemporânea na Sala do Conservatório, que promoveu diversos concertos voltados para a música moderna, incluso a encomenda e estreia de diversas obras a compositores brasileiros.
No mesmo período iniciou seu engajamento em torno da promoção e do debate sobre novas práticas, sustentabilidade e inovação na música clássica, primeiramente a partir de participações como debatedor na Conferência Internacional Multiorquestra (2014, em Belo Horizonte, e 2016 em São Paulo), promovida pelo British Council, e posteriormente com duas conferências preferidas na Classical:NEXT, em Rotterdam (Holanda), em pareceria com Anahi Ravagnani (2017) e Louise Durette (2018). Ainda em 2018 foi convidado pela direção do evento a integrar em Berlim (Alemanha) o júri de seleção das propostas para a edição de 2019.
A partir de 2016 passou a ministrar diversos cursos livres de música para os Cursos Clássicos, tais como Introdução à música clássica, Introdução à história da música, Introdução à música clássica, As sinfonias de Beethoven, O mundo sinfônico de Mozart, O mundo das Quatro estações de Vivaldi e Cinema sonoro: a música e a sétima arte.
Em abril de 2017 defendeu no Instituto de Artes da Unesp sua tese de doutorado sob o título O som como drama: a noção de affetto na escritura musical contemporânea, sob orientação de Flo Menezes.
Em 2018 teve a estreia mundial de diversas peças: Scherzo Pastorale, durante o 1º Encontro Campestre de Violas (Piracicaba, SP); Cercos, para conjunto instrumental, a partir de encomenda do Ensemble Awkas, com concertos de estreia em Berna e em Genebra (Suíça); A vênus de Laussel, para as celebrações de 40 anos do Grupo Piap; Allegro scorrevole encomendada e estreada pelo 3º Festival Sesc de Música de Câmara, em São Paulo, a partir da interpretação do conjunto Berlin Counterpoint. Para esse mesmo festival, coordenou as atividades pedagógicas, incluso a mini-conferência A música de câmara como processo colaborativo, que contou com a participação de integrantes de grupos como The Tallis Scholars, Quartuor Zaïde, Troupe, Berlin Counterpoint e Duo Contexto e Quarteto Camargo Guarnieri, realizada em parceria com o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.
Em 2019 estreou no Theatro São Pedro da capital paulista sua primeira ópera, O peru de Natal, a partir de encomenda realizada por Bea e Pepe Esteves. Baseado no conto homônimo de Mário de Andrade, a ópera conta com o libreto de Jorge Coli, e em sua produção de estreia teve a direção musical de Miguel Campos Neto e direção cênica de Mauro Wrona. No elenco, Tati Helene (Maria Luisa, soprano), Daiane Scales (Tidinha, soprano) e Pedro Cortes (Raul, baixo).
Em 2020, já em tempos da pandemia do Covid-19, terminou a partitura de sua segunda ópera, Navalha na carne (a ser estreada em abril de 2022) e compôs ainda Feras engaioladas, para conjunto instrumental, sob encomenda da Orquestra Sinfônica de Santo André (estreada online sob a direção de Abel Rocha) e O livro dos desenhos sonoros, para orquestra iniciante de cordas, sob encomenda do Projeto Sinos (estreada online pela Orquestra de cordas da Grota, sob regência de Katunga Vidal).
Em 2021, sob encomenda do 23º Festival Amazonas de Ópera, estreou sua terceira ópera, Três minutos de sol, uma web-ópera de câmara a partir de um argumento original próprio, com libreto de João Luiz Sampaio. O projeto contou com a direção musical de Otávio Simões e direção de cena de Julianna Santos. No elenco, Lina Mendes (Laura, soprano), Sàvio Faschét (Duda, contratenor) e Vitor Mascarenhas (Marcos, barítono). Nesse mesmo ano teve estreada a peça Low rider, para orquestra, em encomenda da GRU Sinfônica, sob a direção de Victor Hugo Toro.
Em 2022 compôs a peça Canti di Caronte, para contrabaixo solista, voz e conjunto instrumental, e foi estreada em março mesmo ano no Staatstheater Darmstadt (Alemanha) por músicos da instituição, contando com solos de Balász Orbán (contrabaixo) e Thomas Mehnert (voz).
No momento, além de engajado em diversos projetos de composição e criação musical, Leonardo Martinelli atua como professor de composição, história da música, estética musical, análise musical e de fundamentos da escrita musical na Faculdade Santa Marcelina e de história da música na Academia da OSESP.
Em abril desse ano teve sua ópera Navalha na carne, a partir da peça homônima de Plínio Marcos, estreada pelo Theatro Municipal de São Paulo, tratando-se da primeira encomenda do gênero na história da instituição. O espetáculo teve direção musical de Roberto Minczuk (à frente da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo) e direção cênica de Fernanda Maia, tendo no elenco Luisa Francesconi (Neusa Sueli, mezzo soprano), Fernando Portari (Vado, tenor) e Homero Velho (Veludo, barítono).
Ainda em 2022, em agosto, estreará outra ópera, O canto do cisne, com libreto e direção cênica de Livia Sabag a partir da peça de Anton Tchekhov em encomenda do Theatro São Pedro sob a direção musical de Gabriel Rhein-Schirato (à frente da Orquestra Sinfônica do Theatro São Pedro) e tendo no elenco Eliane Coelho (a Atriz, soprano) e Mauro Wrona (o Ponto, tenor).
No momento, além de engajado em diversos projetos de composição e criação musical, Leonardo Martinelli atua como professor de composição, história da música, estética musical e de fundamentos da linguagem musical na Faculdade Santa Marcelina e de história da música na Academia da OSESP.
English resumé:
http://leonardomartinelli.blogspot.com/2010/11/leonardo-martinellis-resume.html