Leonardo Martinelli


by Larissa Gregio
[PT] Natural de São Paulo (1978), Leonardo Martinelli é compositor, professor universitário, conferencista e pesquisador, com doutorado pelo Instituto de Artes da Unesp. Atualmente, suas pesquisas e composições enfatizam a questão do affetto e da expressividade enquanto elemento estrutural nas poéticas musicais contemporâneas. Recentemente dirigiu os programas educacionais do Theatro Municipal de São Paulo e tem trabalhado na promoção e debate da sustentabilidade da música clássica e dessa atividade como fator de mudança social, incluso duas conferência compartilhadas na Classical:NEXT, em Rotterdam. Nos últimos anos, tem se dedicado ao repertório lírico, tendo composto e estreado quatro óperas: O peru de Natal (2019) e O canto do cisne pelo Theatro São Pedro (SP), Três minutos de sol (2021) pelo Festival Amazonas de Ópera e Navalha na carne (2022) a primeira encomenda da história do Theatro Municipal de São Paulo. Em 2023 seu Concerto para orquestra foi estreado para celebrar os 15 anos da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, e neste mesmo ano foi compositor residente no Festival Artes Vertentes, em Tiradentes (MG). No momento, além de engajado em diversos projetos de criação musical, atua como professor da Faculdade Santa Marcelina. (Ultima atualização: em março de 2025)

[EN] Born in Brazil (Sao Paulo, 1978), Leonardo Martinelli is a composer, music professor, lecturer and researcher, PhD by UNESP (Sao Paulo State University). Currently, his researches and compositions emphasize the issue of affetto and expressivity as a structural element in different contemporary music poetics.  In recently years he has lead the educational programs of Theatro Municipal de Sao Paulo and has been working on the debate and promotion of classical music sustainability and as a social change factor, including two shared conferences at Classical:NEXT, in Rotterdam. In recent years, he has dedicated to the operatic repertoire, having composed and premiered four operas: O peru de Natal (2019) and O canto do cisne by Theatro São Pedro (SP), Três minutos de sol (2021) by the Amazonas Opera Festival and Navalha na carne (2022), the first commission in the history of the Theatro Municipal de São Paulo. In 2023, his Concerto for orchestra was premiered to celebrate the 15th anniversary of the Minas Gerais Philharmonic Orchestra, and in the same year he was composer-in-residence at the Festival Artes Vertentes, in Tiradentes (MG). At the moment, in addition to being engaged in several musical creation projects, he works as a professor at Faculdade Santa Marcelina. (Last updated: March 2025)


[ES] Nacido en Brasil (Sao Paulo, 1978), Leonardo Martinelli es compositor, profesor de música, conferencista e investigador, doctorado por la Unesp (Universidad Estatal de Sao Paulo). Actualmente, sus investigaciones y composiciones enfatizan el tema del affetto y de la expresividad como elemento estructural en la poéticas musicales contemporáneas. En los últimos años, ha dirigido los programas educativos de Theatro Municipal de Sao Paulo y ha estado trabajando en el debate y la promoción de la música clásica como un factor de cambio social y su sostenibilidad, incluidas dos conferencias compartidas en Classical:NEXT, en Rotterdam. En los últimos años se dedicó al repertorio lírico, habiendo compuesto y estrenado cuatro óperas: O peru de Natal (2019) y O canto do cisne del Theatro São Pedro (SP), Três minutos de sol (2021) del Festival Amazonas de Ópera y Navalha na carne (2022), el primer encargo en la historia del Teatro Municipal de São Paulo.. En 2023, se estrenó su Concierto para orquesta para celebrar los 15 años de la Orquesta Filarmónica de Minas Gerais, y ese mismo año fue compositor residente en el Festival Artes Vertentes, en Tiradentes (MG). Actualmente, además de estar involucrado en varios proyectos de creación musical, se desempeña como profesor en la Faculdade Santa Marcelina. (Última actualización: en marzo de 2025)

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Natural da Cidade de São Paulo, Leonardo Martinelli (1978) iniciou seus estudos de piano aos dez anos de idade, e tão logo começou a escrever pequenas peças para esse instrumento.

 

Em 1992 foi admitido no curso de piano da então Universidade Livre de Música (ULM), onde estudou até 1996. Lá teve aulas com Terão Chelb e Rosária Gatti. Entre 1993-95 realizou estudos específicos em contraponto com Sergio Cominatto. Em 1995 estudou a obra do compositor italiano Luciano Berio e Música Eletroacústica no 26º Festival de Inverno de Campos do Jordão, com Flo Menezes e Rodolfo Caesar, respectivamente. Neste festival tem estreada a primeira composição de seu catálogo, Bagatelle, para conjunto instrumental, pelo Bahia Ensemble, sob a regência de Piero Bastianelli.

 

Em 1996 ingressou no curso de Bacharelado em Composição e Regência do Instituto de Artes da Unesp, onde teve aulas com professores como Flo MenezesEdson ZampronhaPaulo CastagnaVitor Gabriel de AraújoEdmundo Villani-Côrtes e Abel Rocha, entre outros.

 

Entre 1996-97 recebeu bolsa de iniciação científica da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) com o trabalho “Análise de Kontakte de Karlheinz Stockhausen”, sob a orientação de Flo Menezes.

 

Ainda no Instituto de Artes da Unesp, durante 1998-2001 foi bolsista do Programa Especial de Treinamento em Música (PET-MúsicaCapes) no qual, entre outras atividades, produziu, divulgou e organizou (juntamente com outros estudantes) os Studio de Música, evento que contou com diversas edições e tinha como principal objetivo estrear de obras de jovens compositores.

 

Durante os anos de graduação, realizou várias palestras e conferências a convite de professores como John Boudler (Interpretação da Música Contemporânea), Vítor Gabriel (História da Música), Dorotéa Kerr (História da Música do Século XX) e Maria de Lourdes Sekeff (Teoria da Música).

 

Em 1998 estudou composição e história da música contemporânea, respectivamente, com Chico Mello e Harry Crowl na 16ªOficina de Música de Curitiba.

 

Em 2000, apresentou a comunicação “Tendências da Historiografia Musical Brasileira” no Simpósio Latinoamericano de Musicologia de Curitiba, texto este proveniente de seu trabalho de conclusão de curso de História da Música no Brasil no IA-Unesp, na classe de Paulo Castagna.

 

Entre 1999-2001 foi coralista e assistente de produção do Collegium Musicum de São Paulo, sob a direção de Abel Rocha.

 

Em 1999 atuou como regente no “Concerto Nº 2 para Piano e Orquestra Opus 102”, de Dmitri Shostakovich, junto à Orquestra dos Alunos do Bacharelado em Música do IA-Unesp, tendo como solista o pianista Fábio Godoi.

 

Em 2000 produziu e foi o pianista-coordenador em “Fourteen & Mesostic IV”, para quatorze músicos e gravação de texto recitado, de John Cage, durante o 17º Festival Ritmo e Som, na Unesp.

 

Em 2001 realizou seu “début” como compositor em um concerto com mais de uma hora de duração inteiramente dedicado a composições próprias.

No final de 2001, John Boudler, regente do prestigiado Grupo Piap de Percussão, encomendou-lhe uma peça (“Sendas/Tempos”) para ser estreada no evento Ritmos da Terra 2002-Mostra Internacional de Percussão, em Campinas.

 

 

Frequentou as aulas individuais e as conferências do compositor sueco Fredrik Ed, no Studio PANaroma, e começou a colaborar regularmente com resenhas de concertos (notadamente de música contemporânea e brasileira) junto ao portal de música clássica Movimento.com.

 

Ainda em 2002, junto com outros cinco músicos, integrou o grupo de música conceitual Praxis 6, que nas duas apresentações realizadas nesse período surpreendeu sua audiência com peças de diferentes naturezas, que incluíram uma motocicleta em uma capela, a dublagem instrumental da “Noite Transfigurada” e um aclamado trabalho de “decomposição” musical.

 

Em 2003, teve seu artigo “Jovens Compositores no Brasil” publicado na edição de março da Revista Concerto, sua primeira colaboração para este veículo.

 

Ainda em 2003 assumiu a curadoria e a produção da série dominical de concertos Música em Cena, do Centro Cultural Fiesp/Sesi São Paulo, que contabilizou dezenas de concertos e centenas de espectadores fiéis à programação plural desenvolvida no trabalho de curadoria, encerrada com a temporada de 2005.

 

Em 2004, a peça “Três Instantâneos de uma Mulher Desconhecida”, para quinteto de sopros, foi premiada no 7o. Concurso Nacional de Música IBEU, no Rio de Janeiro, e posteriormente ganharia edição em CD pelo selo da instituição. Neste mesmo ano defendeu sua dissertação de mestrado no Instituto de Artes da Unesp, com o título de “A noção de textura musical e sua influência repertório instrumental-orquestral da segunda metade do século XX”, sob a orientação de Edson Zampronha.

 

Ainda em 2004 iniciou seu trabalho jornalístico na grande imprensa, colaborando como crítico e repórter de música clássica e cultura para o caderno Fim-de-Semana da Gazeta Mercantil, veículo para o qual trabalhou até 2007.

 

Trabalhou como assistente de orquestração para o maestro Abel Rocha, tendo trabalhado na orquestração para Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, com obras como os Concertos Brandenburgueses Nos.1 e 3, de Johann Sebastian Bach, a ópera L’Orfeo, de Claudio Monteverdi, e Il campanello di notte, de Gaetano Donizetti.

 

Em agosto de 2005 sua peça “O Anjo Azraeel” (inspirada no livro “Os Versos Satânicos”, de Salman Rushdie) foi interpretada pela Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, sob a regência de Abel Rocha, na abertura do 40o. Festival Música Nova. Em novembro foi selecionado para a XVI Bienal de Música Contemporânea Brasileira, no Rio de Janeiro. No mesmo realiza a orquestra para Banda Sinfônica da "Sinfonia de Câmara No. 1", de Arnold Schönberg (ainda inédita).

 

A partir do inverno de 2005 passou a ministrar cursos livres de música, voltados para o grande público em geral, visando a promoção da cultura musical para além do circuito profissionalizante e acadêmico. As primeiras experiências nessa atividade ocorreram em diversas instituições e eventos da cidade de Itu (SP), tais como "Linguagem e estruturação da música" (julho de 2005) e "História da Música no Brasil"(julho de 2006), ambos no Festival de Artes de Itu. "História da Música Ocidental" (janeiro de 2006), pela ASSATEMEC, e "Cinema Sonoro: Música e Compreensão na Sétima Arte" (janeiro de 2007), pela Secretaria de Cultura de Itu.

 

Também em 2005 fundou um dos primeiros blogs brasileiros dedicados à música clássica, OutraMúsica (https://alteramusica.blogspot.com), por meio do qual começou sua atuação como crítico musical.

 

Em 2006, paralelamente às suas colaborações com a Gazeta Mercantil, iniciou sua colaboração junto à Revista Concerto, onde ainda atua como repórter e colunista do site do veículo. Neste mesmo ano colaborou para a temporada brasileira da conceituada revista francesa Diapason.

 

Em maio de 2007 ministrou para a Secretaria de Estado da Cultura do Amazonas a palestra “Composição: mercado musical no cenário brasileiro e internacional”. Neste mesmo ano ingressa como professor de história da música na Escola Municipal de Música de São Paulo, ano em que volta a participar do Festival Música Nova com a peça "Ayahuasca", para orquestra de cordas e tem sua peça “Sendas/Tempos”, para percussão múltipla, lançada no CD “Sympathia”.

 

Em 2007 sua obra “Três Instantâneos de uma Mulher Desconhecida”, para quinteto de sopros, foi executada durante o VIII Festival Internacional de Música Contemporánea, em Santiago do Chile.

 

No primeiro semestre de 2008 lecionou história da música brasileira nos cursos de música da Faculdade Cantareira (FIC), e no segundo semestre no curso de Pós Graduação latu sensu em Docência em Música da UniFMU. No início deste mesmo ano foi admitido como professor de composição na Faculdade Santa Marcelina (FASM) e terá seu ensaio Il combatimentto di Orfeo ed Peri: rumos e percalços da ópera na composição musical brasileira da atualidade” publicado numa antologia de artigos sobre a ópera brasileira na contemporaneidade publicada pela Algol Editora, organizado pelo jornalista e crítico João Luiz Sampaio.

 

Ainda em 2008 foi eleito pelo Guia VivaMúsica! como um dos dez críticos de música clássica mais importantes do país. Neste mesmo ano passou a assinar uma coluna mensal do recém reestruturado site da Revista Concerto.

 

Em 2009 deu início a importantes projetos na área de jornalismo e cultura em música clássica, tais como o trabalho na produção e na realização do Guia de Escuta da coleção “Grandes Compositores da Música Clássica”, da Editora Abril, com uma abrangência de milhares de pessoas em todo o território nacional.

 

No segundo semestre de 2009 realizou junto à CPFL Cultura, em Campinas (SP) a curadoria da série de concertos “Interfaces”, com apresentações na sede da instituição e no auditório do Teatro Cultura Artística Itaim. A série incluiu os espetáculos “Conexões Latinas” (música de Capiba, Leo Brouwer e Astor Piazzolla para violão, flauta e voz), “Cine-Concerto: Brecht e Beckett no chiaroscuro” (com os filmes “Mistérios de uma Barbearia”, “Film” e “Assalto”, com acompanhamento musical ao vivo em grupo liderado pela pianista e compositora Michelle Agnes), “Corda Vocale” (o canto das cordas em obras de Bartók, Villa-Lobos e Martinu interpretadas pelo Ensemble SP) e “Esta música que me envolve” (obras para a voz solo interpretadas pela soprano Martha Herr).

 

Outro projeto desenvolvido junto à CPFL foi direção musical do espetáculo  “A conversão de Mahler”, de Ronald Harwood, a partir da tradução de João Luiz Sampaio e adaptação para leitura e direção cênica de Oswaldo Mendes.

 

Também em 2009 finalizou – junto com os compositores Matheus Bitondi e Arthur Rinaldi – o projeto “Música Plural”, que com patrocínio da Petrobrás e da Lei de Incentivo à Cultura realizou a publicação de um CD duplo com música contemporânea composta por jovens compositores brasileiros. Neste álbum sua obra “Palavras na Carne”, para piano e percussão dupla foi gravada pelo Percoso Ensemble, sob direção de Ricardo Bologna. Neste mesmo ano assumiu a assistência editorial do projeto-piloto da revista Mbaraka, da Fundação Padre Anchieta de São Paulo.

 

Em 2010 e 2011 foi contratado pela direção artística do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão para desenvolver um pioneiro programa de formação de plateia, durante o qual antes de virtualmente todos os concertos do evento realizou pequenas palestras em forma de bate-papo, obtendo um excelente respaldo de público e crítica.

 

Também em 2010 teve sua obra “Schackleton, Worsley e Crean deslizando de uma colina de neve” para violoncelo e piano estreada no Festival Música Nova, contando com a participação do violoncelista Roham de Saram, um dos mais consagrados intérpretes de música contemporânea da atualidade. No mesmo ano compôs sob encomenda do Coral Infanto-Juvenil do Guri Santa Marcelina a obra coral “Três animais em forma de haikais”, a partir de poemas de Millôr Fernandes.

 

Já em 2012, foi mais uma vez convidado para realizar a curadoria de uma série de concertos para a CPFL Cultura. Desta vez intitulada “Lux sonora” a série focou a música contemporânea brasileira a partir da participação de grupos como o Trio Sextante, In Tempori Duo, o Duo Paulo Passos & Joaquim Abreu, o Trio Puelli, o Ensemble Experimental (sob regência de Jamil Maluf) e a pianista Luciana Noda.

 

Na série foram estreadas várias obras do compositor: “Amor nunca diálogo”, para trompete e marimba, “Lux aeterna”, para conjunto instrumental e “O fio das miçangas” (a partir do livro homônimo de Mia Couto), para trio. Neste mesmo ano a peça “Quasi una canzone [sonata para violino e piano]” foi gravada pelo violinista Emmanuele Baldini e pela pianista Dana Radu para integrar o álbum “Cage+” (no qual atua como diretor musical) lançado em 2014 pelo Selo SescSP.

 

Em 2013 teve sua obra “O diálogo entre Vênus, Azrael e Ogum” estreada na Sala São Paulo pela Orquestra Bachiana Filarmônica sobre a regência de John Boudler (em um feito raro na cena clássica brasileira, no mesmo ano a obra interpretada outra vez, desta vez pela Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência de Marlos Nobre), ocasião em que foi tema de extensas reportagens publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela revista Carta Capital. Ainda neste ano sua obra coral “Três animais em forma de haikais”, encomendada pelo Coral Infanto-Juvenil do Guri Santa Marcelina, tendo em seguida sido em lançada em CD.

 

Ainda em 2013 sua obra “O fio das miçangas” integrou o repertório da turnê sulamericana do Ensemble Platypus de Viena, tendo sido apresentada em cidades como Campinas e Curitiba, no Brasil, e Buenos Aires e Choele Choel, na Argentina. Neste mesmo país, em dezembro, a peça “Oración”, para harpa solo, foi estreada em Córdoba (Argentina) por Soledad Yaya.

 

Em abril de 2014 e dezembro de 2016, a convite de John Neschling, assumiu a Direção de Formação da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, pela qual coordenou as atividades da Escola Municipal de Música de São Paulo, Escola de Dança de São Paulo, quando então foram criados o Ópera Studio, o Ateliê Contemporâneo e a Banda Sinfônica da Escola Municipal de Música. Durante o mesmo período realizou a curadoria da série Música Contemporânea na Sala do Conservatórioque promoveu diversos concertos voltados para a música moderna, incluso a encomenda e estreia de diversas obras a compositores brasileiros. Em 2015 atuou como professor de composição do V Festival Internacional Sesc de Música em Pelotas.

 

No mesmo período iniciou seu engajamento em torno da promoção e do debate sobre novas práticas, sustentabilidade e inovação na música clássica, primeiramente a partir de participações como debatedor na Conferência Internacional Multiorquestra (2014, em Belo Horizonte, e 2016 em São Paulo), promovida pelo British Council, e posteriormente com duas conferências preferidas na Classical:NEXT, em Rotterdam (Holanda), em pareceria com Anahi Ravagnani (2017) e Louise Durette (2018). Ainda em 2018 foi convidado pela direção do evento a integrar em Berlim (Alemanha) o júri de seleção das propostas para a edição de 2019.

 

A partir de 2016 passou a ministrar diversos cursos livres de música para os Cursos Clássicos, tais como “Introdução à música clássica”, “Introdução à história da música”, “Introdução à música clássica”, “As sinfonias de Beethoven”, “O mundo sinfônico de Mozart”, “O mundo das Quatro estações de Vivaldi” e “Cinema sonoro: a música e a sétima arte”.

 

Em abril de 2017 defendeu no Instituto de Artes da Unesp sua tese de doutorado sob o título O som como drama: a noção de affetto na escritura musical contemporânea, sob orientação de Flo Menezes.

 

Em 2018 teve a estreia mundial de diversas peças: Scherzo Pastoraledurante o 1º Encontro Campestre de Violas (Piracicaba, SP); Cercos, para conjunto instrumental, a partir de encomenda do Ensemble Awkas, com concertos de estreia em Berna e em Genebra (Suíça); A vênus de Laussel, para as celebrações de 40 anos do Grupo PiapAllegro scorrevoleencomendada e estreada pelo 3º Festival Sesc de Música de Câmara, em São Paulo, a partir da intepretação do conjunto Berlin Counterpoint. Para esse mesmo festival, coordenou as atividades pedagógicas, incluso a mini-conferência A música de câmara como processo colaborativo, que contou com a participação de integrantes de grupos como The Tallis Scholars, Quartuor Zaïde, Troupe, Berlin Counterpoint e Duo Contexto e Quarteto Camargo Guarnieri, realizada em parceria com oCentro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.

 

Em 2019 estreou no Theatro São Pedro da capital paulista sua primeira ópera, O peru de Natal, a partir de encomenda realizada por Bea e Pepe Esteves. Baseado no conto homônimo de Mário de Andrade, a ópera conta com o libreto de Jorge Coli, e em sua produção de estreia teve a direção musical de Miguel Campos Neto e direção cênica de Mauro Wrona. No elenco, Tati Helene (Maria Luisa, soprano), Daiane Scales (Tidinha, soprano) e Pedro Cortes (Raul, baixo).

 

Em 2020, já em tempos da pandemia do Covid-19, terminou a partitura de sua segunda ópera, Navalha na carne (a ser estreada em abril de 2022) e compôs ainda Feras engaioladas, para conjunto instrumental, sob encomenda da Orquestra Sinfônica de Santo André (estreada online sob a direção de Abel Rocha) e O livro dos desenhos sonoros, para orquestra iniciante de cordas, sob encomenda do Projeto Sinos (estreada online pela Orquestra de cordas da Grota, sob regência de Katunga Vidal).

 

Em 2021, sob encomenda do 23º Festival Amazonas de Ópera, estreou sua terceira ópera, Três minutos de sol, uma web-ópera de câmara a partir de um argumento original próprio, com libreto de João Luiz Sampaio. O projeto contou com a direção musical de Otávio Simões e direção de cena de Julianna Santos. No elenco, Lina Mendes (Laura, soprano), Sàvio Faschét (Duda, contratenor) e Vitor Mascarenhas (Marcos, barítono).

 

Em janeiro de 2021 atuou como coordenador das atividades de composição da 38º Oficina de Música de Curitiba, e entre outubro deste ano e dezembro de 2022 atuou como professor de história da música na Academia da Osesp.

 

Em março de 2022 a peça Canti di Caronte, para contrabaixo solista, voz e conjunto instrumental foi estreada no Staatstheater Darmstadt (Alemanha) por músicos da instituição, contando com solos de Balász Orbán (contrabaixo) e Thomas Mehnert(voz).

 

Em abril deste ano teve sua ópera Navalha na carne, a partir da peça homônima de Plínio Marcos, estreada pelo Theatro Municipal de São Paulo, tratando-se da primeira encomenda do gênero na história da instituição. O espetáculo teve direção musical de Roberto Minczuk (à frente da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo) e direção cênica de Fernanda Maia, tendo no elenco Luisa Francesconi (Neusa Sueli, mezzo soprano), Fernando Portari (Vado, tenor) e Homero Velho (Veludo, barítono).

 

Ainda em 2022, estreou em agosto outra ópera, O canto do cisne, com libreto e direção cênica de Livia Sabag a partir da peça de Anton Tchekhov, em encomenda do Theatro São Pedro da capital paulista, sob a direção musical de Gabriel Rhein-Schirato(à frente da Orquestra Sinfônica do Theatro São Pedro) e tendo no elenco Eliane Coelho (a Atriz, soprano) e Mauro Wrona (o Ponto, tenor). Neste mesmo mês estreou ainda as Canções do lugar-comum, para voz feminina, orquestra de cordas e harpa, a partir de poemas de Ana Martins Marques. A peça atendeu a uma encomenda da Orquestra Sinfônica de Santo André, e foi estreada por Nathália Serrano (contralto), Felipe Gadioli (regente), no Teatro Municipal de Santo André.

 

O ano de 2022 encerrou com a trilha sonora para da exposição Cidadela, inaugurada em outubro no Sesc Pompeia, em colaboração com André Mehmari.


Já o ano de 2023 seria marcado por uma intensa agenda de atividade em Minas Gerais. Em março deste ano a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais estreou seu Concerto para Orquestra, sob a regência de Fabio Mechetti. A peça foi uma encomenda da instituição para celebrar seus 15 anos de fundação.

 

Já em novembro, realizou residência artística no Festival Artes Vertentes. Entre as diversas peças interpretadas na ocasião, destaca-se a estreia da encomenda de Vós que pulsais, música para violino e percussão múltipla para espetáculo de dança com coreografia de Morena Nascimento. A parte interpretação da parte musical ficou a cargo de Sofia Leantro (violino) e Bruno dos Santos (percussão), contando ainda com a participação especial do Coro e Orquestra Ramalho, sob a direção de Willer Silveira. Durante esta residência artística estreou ainda Postais de parte alguma para declamante, voz feminina e conjunto instrumental, que contou com a participação de Ana Martins Marques (declamação), Manuela Freua (soprano) e José Soares (regente). No mesmo festival estreou ainda a versão ópera de câmara de Canções do mendigo, com dramaturgia e direção cênica de Leo Lama, com Michel de Souza (barítono), Luca Raele (clarinete), Iberê Carvalho (viola) e Luiz Gustavo Carvalho (piano).

 

Ainda em 2023 realizou sua estreia no teatro de prosa com a trilha sonora para a peça Escrevendo Romeu e Julieta, com texto e direção de Leo Lama, contando para a parte musical com Iara Ungarelli (violas), Guilherme de Camargo (teorba), Chico Balto (percussão) e Luísa Santana (trompa). O ano se encerrou com a estreia da canção de câmara Profecia do silêncio, a parti de poema de Júlia de Carvalho Hansen. A peça foi uma encomenda do 11º do Festival de Música Erudita do Espírito Santo e foi estreada por Homero Velho (barítono), Ury Vieira (trompa) e Priscila Bomfim (piano).

 

Em 2024 deu início a composição de um ambicioso projeto: realizar a música incidental completa (quase duas horas ininterruptas) para o filme silencioso Limite (1931), de Mário Peixoto, para orquestra de cordas.


No momento, além de engajado em diversos projetos de composição e criação musical, Leonardo Martinelli atua como professor de composição, história da música, estética musical, análise musical, orquestração e de fundamentos da linguagem musical na Faculdade Santa Marcelina. (Ultima atualização: em março de 2025)



Para propósitos acadêmicos, visite meu curriculum na Plataforma Lattes / CNPq: http://lattes.cnpq.br/8204416221117517

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